TJPR cria Comissão de Aceleração de Inteligência Artificial
TJPR CRIA COMISSÃO DE ACELERAÇÃO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Magistrados e servidores irão avaliar a funcionalidade e a segurança de ferramenta de inteligência artificial para uso cotidiano em audiências
Para incentivar o uso de forma responsável da Inteligência Artificial Generativa entre magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) foi criada a Comissão de Aceleração de Inteligência Artificial. Ao longo dos próximos meses, 50 magistrados e 50 servidores vão testar a funcionalidade de uma nova ferramenta, a Copilot 365, da empresa Microsoft, para transcrição e resumo de audiências, separando por interlocutores, e, para a distribuição de documentos no sistema Projudi, que organiza os processos do Tribunal paranaense.
O juiz Geraldo Dutra de Andrade, de Foz do Iguaçu (PR), que faz parte da comissão, acredita que o uso de inteligência artificial generativa no trabalho de magistrados será inevitável e que, por isso, é necessário a intervenção antecipada do Tribunal para que essa transição seja realizada de forma segura e responsável. “Tem muitas questões éticas envolvidas e precisamos adaptar as ferramentas de inteligência artificial para as nossas necessidades. A implantação do uso dessas ferramentas para desembargadores, magistrados e servidores, especialmente na alta administração, deve considerar não apenas a funcionalidade, mas a responsabilidade em relação ao jurisdicionado, que é o nosso principal foco”, explicou Andrade.
Os 50 magistrados e 50 servidores, que participarão do período de teste, farão um curso de formação e, ao fim, irão avaliar o custo/benefício do uso da ferramenta, indicando a disseminação para todo o Judiciário paranaense se for considerado adequado. O Microsoft 365 Copilot é um assistente de trabalho que utiliza tecnologia avançada de Inteligência Artificial que emprega grandes modelos de linguagem (LLMs) e dados presentes nas aplicações. A ferramenta oferece sugestões e pode gerar texto sob demanda, além de traduzir comandos em elementos visuais ou organizacionais. Além disso, a ferramenta pode anotar, transcrever reuniões, redigir e-mails e gerenciar uma série de outras tarefas. “Vamos testar o sistema porque primeiro temos que entender como pode ser útil para o nosso dia a dia, saber como se faz e se vale a pena utilizar ou não”, esclareceu o magistrado.
Descrição da imagem de capa: arte gráfica com uma mão que se prepara para apertar uma tecla com o símbolo da Justiça.