Ciclo da Violência - CEVID
- TJPR
- CEVID
- CEVID
- Violência doméstica
- Ciclo da Violência
- Relatórios CEVID
- Cevid Orienta
- FOVID - Fórum Paranaense de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
- Artigos e Revistas
- Boletins Informativos
- Rede de enfrentamento
- Grupos Reflexivos
- Conselhos da Comunidade
- Aplicativo do Pânico
- Formulário Nacional de Avaliação de Risco
- PROGRAMA CEVID EDUCATRON: EDUCA AÇÃO - MARIA DA PENHA NAS ESCOLAS
- Programa Estadual Paraná Lilás
- Convênios
- Campanhas
- InterLABVD
- Lives, Cursos e Capacitações
- Projetos / Boas Práticas
- Pesquisas Acadêmicas
- Gestão
- COCEVID
- Materiais e Documentos
- Endereços e telefones
Ciclo da Violência
Um símbolo necessário
Foram identificados comportamentos habituais que ocorrem na violência doméstica, entre o/a autor/a de violência e a mulher em situação de violência.
Tais comportamentos fazem parte do ciclo da violência, composto de três fases, e ajudam na percepção da dinâmica das relações violentas e da dificuldade da mulher de sair da situação.
1ª fase: Ato de tensão – em um primeiro momento, o ofensor se utiliza de insultos, ameaças, xingamentos, raiva e ódio. Tais comportamentos fazem com que a mulher em situação de violência se sinta culpada, com medo, humilhada e ansiosa. A tendência é que o comportamento passe para a fase 2.
2ª fase: Ato de violência – nessa fase, as agressões tomam uma maior proporção, levando a mulher em situação de violência a se esconder na casa de familiares, buscar ajuda, denunciar, pedir a separação ou, até mesmo entrar em um estado de paralisia impedindo qualquer tipo de reação.
3ª fase: Ato de arrependimento e tratamento carinhoso, conhecido também como “Lua de mel’’ – o ofensor se acalma, pede perdão, tenta apaziguar a situação afirmando que nunca mais vai repetir tais atos de violência. Isso faz com que a mulher em situação de violência lhe dê “mais uma chance’’, inclusive por fatores externos como o bem-estar dos filhos e da família. Por fim, quando essa fase se encerra, a 1ª fase volta a ocorrer, caracterizando o ciclo de violência.
A repetição cíclica das etapas tende a ocasionar que a agressão seja cada vez mais grave e habitual. Quanto mais vezes esse ciclo se completa, menos tempo vai precisar para se completar na próxima vez. A intensidade e gravidade dos eventos aumentam com o tempo, de maneira que as fases vão gradualmente se encurtando, o que eventualmente leva a 1ª e a 3ª fase a desaparecerem com o tempo. Então, cria-se o hábito do uso da violência naquele relacionamento.
A ação da mulher em situação de violência de questionar, argumentar ou queixar-se dá início a mais um ciclo de violência, ou incrementa o que já estava em curso.
Se a mulher em situação de violência busca cessar a violência rompendo o relacionamento, o risco de sofrer agressões aumenta ainda mais, podendo resultar em situações extremas, como o feminicídio.
Deve-se lembrar que essa mulher está sofrendo violência de uma pessoa muito próxima e com quem tem laços afetivos.
Cada mulher tem o seu tempo, mas fica cada vez menos difícil romper esse ciclo quando ela tem o apoio de alguém!